mENOS AÇÚCAR, MAIS DOCE
quarta-feira, fevereiro 5, 2014
Eu ouço o barulho do relógio, marcando segundos, corrigindo o tempo, os erros. Procuro as marcas deixadas e disfarço a vontade de apagá-las. Passo as páginas do calendário na triste ilusão de que algumas coisas realmente fiquem para trás. Não choveu a noite inteira, mas eu estou encharcada de dúvidas.
O que fizemos?
Era esse o grande plano?
Havia algum plano?
Temos tentado, da melhor maneira possível, não é? Organizar a vida, arrumar a cama, fazer o almoço, limpar os vidros e o passado, lavar a calçada e as lembranças, apagar a dor e o medo de recomeçar.
De nada, não tem de quê.
Não há perdão.
Deixa que o tempo cura. O tempo muda.
Pouco a pouco, vejo um novo sol nascer.